14 de março de 2025
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Descubra 5 filmes argentinos imperdíveis no Prime Vídeo

Tem Ricardo Darín na lista? Claro, como deveríamos deixar ele de fora? Mas tem apenas Darín? Claro que não também, o cinema argentino é repleto de bons atores e atrizes. Confira os filmes argentinos da nossa lista!
9 de janeiro de 2025
Cena de "Argentina, 1985", um dos nossos filmes argentinos em destaque. Na imagem, Ricardo Darín em ação, de terno, em momento de tribunal.
"Argentina, 1985", filme sobre a ditadura militar no país. Foto: Netflix / Divulgação.

O cinema argentino é reconhecido internacionalmente por sua profundidade narrativa, multiplicidade temática e qualidade cinematográfica. No passado, era difícil encontrar filmes argentinos em locadoras de vídeo. Mas hoje, na era do streaming, o que não faltam são bons títulos. Por outro lado, são tantos, que fica difícil escolher.

Para resolver esse “problema”, nós preparamos uma lista de cinco filmes disponíveis no Amazon Prime Vídeo, o streaming da Amazon. Os filmes exemplificam a excelência da produção argentina, oferecendo desde dramas históricos até comédias contemporâneas.

Tem Ricardo Darín? Claro, como deveríamos deixar ele de fora? Mas tem apenas Ricardo Darín? Claro que não, o cinema argentino é repleto de bons atores e atrizes. Nossa lista oferece uma amostra rica e diversificada do cinema argentino. Aproveite para explorar essas obras e aprofundar-se na cultura e nas histórias que nossos vizinhos sul-americanos têm a oferecer. Tem alguma indicação? Coloque aqui nos comentários!

1. Argentina, 1985

Dirigido por Santiago Mitre, “Argentina, 1985” retrata o histórico julgamento dos líderes da ditadura militar argentina. O filme acompanha a equipe de promotores liderada por Julio Strassera (Ricardo Darín) e Luis Moreno Ocampo (Peter Lanzani) na busca por justiça em meio a pressões políticas e sociais. Com atuações marcantes e uma narrativa envolvente, o longa destaca a importância da coragem e da determinação na luta pelos direitos humanos.

2. Blondi

“Blondi” é um drama contemporâneo que explora a relação entre uma mãe jovem e seu filho adolescente. Dirigido e estrelado por Dolores Fonzi, o filme aborda os desafios e as complexidades de uma maternidade precoce, enquanto o filho busca construir seu próprio futuro. Com uma abordagem sensível e realista, “Blondi” oferece uma visão íntima das dinâmicas familiares modernas.

3. Tese sobre um Homicídio

Neste thriller intrigante, Roberto Bermúdez (Ricardo Darín), um especialista em direito penal, suspeita que um de seus alunos cometeu um assassinato brutal. A investigação se torna uma obsessão, levando-o a questionar os limites entre moralidade e justiça. Com uma trama cheia de reviravoltas, o filme mantém o espectador preso até o desfecho surpreendente.

4. O Cidadão Ilustre

Daniel Mantovani (Oscar Martínez), um escritor argentino vencedor do Prêmio Nobel, retorna à sua cidade natal após décadas vivendo na Europa. O que começa como uma homenagem se transforma em uma série de eventos inesperados, revelando as tensões entre o artista e sua comunidade de origem. A comédia dramática oferece uma reflexão sobre fama, identidade e pertencimento. 

5. Minha Obra-Prima

Arturo (Guillermo Francella), um galerista charmoso, e Renzo (Luis Brandoni), um pintor talentoso, porém decadente, são amigos de longa data. Juntos, eles elaboram um plano ousado para revitalizar a carreira de Renzo, mergulhando no mundo da arte contemporânea e suas ambiguidades. O filme combina humor e crítica social, explorando os limites da ética no universo artístico.

Momento de apoiar os filmes argentinos

E se há uma hora de apoiar o cinema argentino é agora! O setor está passando por uma verdadeira provação. O Governo Milei está tirando os incentivos da indústria, atrelando o seu apoio ao número de espectadores. Recentemente, a atriz Alice Braga comentou sobre o impacto negativo das políticas do governo de Javier Milei no cinema argentino, chamando de “terror” os cortes que afetam a indústria cultural do país.

Ela destacou a necessidade de apoio governamental para fortalecer a cultura na América Latina. O Instituto Nacional de Cinema da Argentina (INCAA) enfrentou demissões e suspensão de projetos devido às medidas de austeridade do governo, afetando também o setor literário e musical. A atriz argentina Cecília Roth se uniu aos protestos contra os cortes.

Quer saber mais sobre filmes argentinos?

Em 2012, a revista Pesquisa, da FAPESP, uma das mais importantes no campo da pesquisa científica do Brasil, produziu uma reportagem bem interessante sobre o cinema argentino, intitulada Uma indústria ‘a media luz’. Se você tiver interesse ems e aprofundar no tema, fica a dica!

Nós também recomendamos o livro “Os argentinos”, de Arial Palacios. Aqui vai o resumo do livro, que é publicado pela Editora Contexto:

“Os brasileiros acham que conhecem bem os argentinos. Afinal, nós curtimos Buenos Aires, eles desfrutam de nossas praias e uns e outros praticam a língua comum, o portunhol. Desconfiamos de que ser argentino vai além de amar tango e churrasco, mas nem imaginamos que nossa rivalidade preferencial não é recíproca: eles detestam reconhecer, mas amam os brasileiros e preferem derrotar os ingleses à nossa seleção de futebol. Os argentinos já ganharam prêmios Nobel (nós ainda não), e o metrô de Buenos Aires, centenário, é prova de que já viveram dias melhores. Agora eles estão sempre ocupando as ruas e protestando. Seu sistema educacional e sua concentração na capital mostram um povo urbano, culto e politizado, mas a instabilidade pode ser percebida pela sucessão de líderes populistas entremeada de golpes militares. Para realmente desvendar esse povo que clama ter inventado o doce de leite e a caneta esferográfica e brilha no cinema e na literatura, o jornalista Ariel Palacios – correspondente brasileiro em Buenos Aires desde 1995 – elaborou este saboroso e imperdível “Os argentinos”.

Ana Paula Tavares

Jornalista formada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Mestre em História Política e Bens Culturais pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Trabalhou na Globosat e na Fundação Roberto Marinho. Atualmente, é redatora-chefe do Bonecas Russas e subeditora do Portal Café História. Adora Jane Austen, The Office e mora em Brasília.

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