14 de março de 2025
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Dois clássicos de George Orwell com preços que o bolso agradece

A Revolução dos Bichos é uma fábula satírica sobre o autoritarismo, enquanto 1984 apresenta uma visão sombria de um futuro distópico sob vigilância total. Ambas continuam extremamente relevantes nos debates sobre política, controle e manipulação da informação.
27 de fevereiro de 2025
Capas dos dois livros de George Orwell.
Livros de George Orwell estão entre os mais comentados da literatura Ocidental no século XX.

Os leitores que ainda não têm em sua estante A Revolução dos Bichos e 1984, dois dos maiores clássicos do escritor George Orwell, têm agora uma excelente oportunidade para adquiri-los a preços promocionais na Amazon. As duas obras, fundamentais para entender temas como totalitarismo, manipulação da informação e controle social, estão com descontos significativos, tornando-se uma ótima opção para quem deseja reforçar sua biblioteca sem pesar no orçamento.

As duas versões são da Companhia das Letras. “1984” está saindo por R$ 21,00 (livro físico) e por R$ 16,80 (ebook). “A revolução dos Bichos” está saíndo por R$ 14,94 (livro físico). Não está disponível a versão e-book para o último. Mas fique ligado, porque esses preços promocionais podem não estar mais valendo quando você estiver lendo esse texto.

As duas obras

Publicado originalmente em 1945, A Revolução dos Bichos é uma sátira política que utiliza animais para contar a história da ascensão e corrupção do poder. A fábula, inspirada nos eventos da Revolução Russa e no regime stalinista, acompanha um grupo de animais que se rebela contra os humanos em busca de liberdade e igualdade. No entanto, ao longo da narrativa, a revolução se desvirtua, mostrando como o autoritarismo pode emergir mesmo entre aqueles que prometem mudanças.

1984, lançado em 1949, é um dos romances distópicos mais influentes da literatura mundial. O livro retrata um futuro sombrio em que o governo controla todos os aspectos da vida dos cidadãos, vigiando suas ações e até mesmo seus pensamentos. Termos como “Big Brother”, “duplipensar” e “novilíngua” tornaram-se parte do vocabulário popular e continuam a ser referência sempre que se fala sobre regimes opressivos e vigilância massiva.

George Orwell

George Orwell, pseudônimo de Eric Arthur Blair, nasceu em 25 de junho de 1903, na Índia Britânica, e foi um dos escritores mais influentes do século XX. Jornalista, ensaísta e romancista, Orwell destacou-se por sua escrita crítica e engajada, abordando temas como autoritarismo, desigualdade social e manipulação da informação. Sua experiência na Guerra Civil Espanhola, onde lutou contra as forças fascistas, influenciou profundamente sua visão política e sua obra, levando-o a escrever livros que questionam o poder e suas distorções.

Entre suas principais obras, A Revolução dos Bichos (1945) e 1984 (1949) se tornaram marcos da literatura mundial, antecipando debates sobre vigilância estatal e controle da linguagem. Além desses romances, Orwell também escreveu ensaios e reportagens fundamentais, como Na Pior em Paris e Londres e O Caminho para Wigan Pier, nos quais expôs as condições dos mais pobres na sociedade britânica. Faleceu em 21 de janeiro de 1950, deixando um legado que continua atual e essencial para a compreensão do mundo contemporâneo.

Adaptações para o cinema

As duas principais obras de George Orwell, A Revolução dos Bichos e 1984, ganharam adaptações para o cinema que ajudaram a popularizar ainda mais suas mensagens políticas e sociais. A Revolução dos Bichos foi adaptado pela primeira vez em 1954 como um filme de animação britânico, dirigido por John Halas e Joy Batchelor. A animação manteve a essência da fábula original, mas com um final diferente, suavizando parte do pessimismo do livro. Em 1999, uma nova adaptação foi produzida pela Hallmark, desta vez com atores reais e efeitos especiais para representar os animais, contando com nomes como Patrick Stewart e Ian Holm nas vozes dos personagens.

1984 teve uma adaptação cinematográfica em 1956 e uma versão mais conhecida lançada em 1984, dirigida por Michael Radford e estrelada por John Hurt no papel de Winston Smith e Richard Burton como O’Brien. O filme capturou com precisão a atmosfera opressiva do livro, utilizando uma paleta de cores frias e uma estética desgastada para reforçar o sentimento de vigilância e desespero. Além do cinema, 1984 também inspirou diversas produções teatrais e televisivas, consolidando-se como uma das distopias mais influentes da cultura popular.

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Ana Paula Tavares

Jornalista formada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Mestre em História Política e Bens Culturais pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Trabalhou na Globosat e na Fundação Roberto Marinho. Atualmente, é redatora-chefe do Bonecas Russas e subeditora do Portal Café História. Adora Jane Austen, The Office e mora em Brasília.

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