13 de março de 2025
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Brasil bate recorde de salas de cinema e setor audiovisual comemora

O crescimento do número de salas de cinema no Brasil mostra que setor audiovisual no Brasil tem crescimento significativo em 2024.
11 de janeiro de 2025
orange central cinema led signage
Photo by Clem Onojeghuo on Pexels.com

O setor cinematográfico brasileiro iniciou 2025 com uma conquista histórica: o recorde de 3.509 salas de cinema em funcionamento no país. O número, divulgado pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) em 1º de janeiro, supera as 3.478 salas registradas em 2019, antes da pandemia de Covid-19, que resultou no fechamento de quase metade das salas em 2020.

A recuperação do setor, uma das mais significativas de sua história, foi impulsionada pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que ofereceu linhas de crédito para reabrir cinemas fechados e criar novos espaços em regiões historicamente desassistidas. Municípios como Monte Carmelo e Ponte Nova, em Minas Gerais, e Miracema, no Rio de Janeiro, inauguraram suas primeiras salas de cinema. Já Viçosa, em Alagoas, celebrou a reabertura de um cinema fechado há três décadas.

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O crescimento reflete um compromisso com a descentralização e inclusão cultural. Muitas das novas salas incluem soluções de acessibilidade para pessoas com deficiência visual e auditiva, ampliando o alcance do cinema a públicos antes excluídos.

A força do cinema nacional

Além do aumento no número de salas, o interesse do público pelo cinema nacional também cresceu. Em 2024, o número de espectadores de produções brasileiras dobrou em relação ao ano anterior, consolidando a força do audiovisual do país. Destaque para o filme Ainda Estou Aqui, estrelado por Fernanda Torres, que rendeu à atriz o Globo de Ouro de Melhor Atriz. Essa vitória marca o reconhecimento internacional da qualidade das produções nacionais e reforça o prestígio do Brasil no cenário global.

“O Brasil precisa manter e ampliar suas telas. Esse é o compromisso da Secretaria do Audiovisual com a distribuição e exibição cinematográfica. O cinema gera encontros, emprego, renda e conecta a população com a arte produzida aqui”, afirmou Joelma Gonzaga, secretária da SAV.

Impacto cultural e social

No último ano, 121,08 milhões de pessoas frequentaram as salas de cinema, um reflexo das políticas públicas voltadas para a reabertura de espaços e a ampliação do acesso ao audiovisual. A iniciativa reafirma o cinema como uma ferramenta de inclusão e cidadania, essencial para fortalecer a identidade cultural do Brasil.

O Ministério da Cultura informou que a pasta planeja novas ações para garantir que o crescimento continue, priorizando a descentralização, a acessibilidade e a valorização do cinema nacional. Com isso, explica o ministério, espera-se manter o crescimento de salas de cinema celebrar a cultura como um direito de todos, projetando histórias que conectam o país de norte a sul e conquistam audiências ao redor do mundo.

Recuperação

A pandemia de Covid-19 impactou profundamente o cinema nacional, resultando no fechamento de salas, interrupção de produções e desemprego no setor audiovisual.

No entanto, a crise também acelerou mudanças nos hábitos de consumo, com o público migrando para plataformas de streaming, o que desafiou ainda mais a indústria cinematográfica brasileira.

Balde vermelha e branco de pipoca para celebrar o aumento das salas de cinema.
Pipoca para celebrar mais salas de cinema! Pexels.com

Apesar desses desafios, o cinema nacional demonstrou resiliência e capacidade de adaptação. Com o apoio de políticas de incentivo e a retomada gradual das atividades, o setor iniciou uma recuperação significativa. E não foi apenas com o aumento do número de salsa de cinema. Em 2024, o cinema brasileiro alcançou sua melhor arrecadação desde a pandemia, com mais de R$ 220 milhões em bilheteria, refletindo a retomada da produção e o crescente interesse do público pelas produções nacionais.

Os números de recuperação do setor estão alinhados com o que vem acontecendo também fora do Brasil. Em 2024, o cinema mundial registrou uma recuperação significativa, com a bilheteria global alcançando números expressivos. Filmes como “Divertida Mente 2” lideraram as bilheterias, ultrapassando a marca de US$ 1 bilhão em arrecadação. O sucesso de produções internacionais também contribui para revitalizar o mercado exibidor brasileiro, que, ao expandir o número de salas e diversificar a oferta de filmes, acompanhou essa tendência global de crescimento e fortalecimento do setor audiovisual.

Ana Paula Tavares

Jornalista formada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Mestre em História Política e Bens Culturais pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Trabalhou na Globosat e na Fundação Roberto Marinho. Atualmente, é redatora-chefe do Bonecas Russas e subeditora do Portal Café História. Adora Jane Austen, The Office e mora em Brasília.

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