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Conheça Demián Rugna, diretor do brilhante “O Mal que nos habita”

Demián Rugna, 45 anos, grande nome do cinema argentino olha para câmera em foto preto e branca com fundo preto.

Demián Rugna, 45 anos, grande nome do cinema argentino. Foto: reprodução.

Em meio a um cenário cinematográfico que tem dificuldades em renovar o gênero do terror, um diretor argentino tem dado aula. O nome desse argentino é Demián Rugna, de 45 anos. E veja ben: não é que ele seja um dos melhores diretores do cinema de terror, ele é um dos melhores diretores do cinema argentino. Não é pouca coisa em um país que produz dezenas de bons filmes de todos os anos. Acha que estou exagerando? Então, pare o que você está fazendo e veja “O mal que nos habita”.

“O Mal que Nos Habita” é um filme de terror sobrenatural argentino lançado em 2023. A trama se passa em uma cidade remota, onde dois irmãos encontram um homem possuído por um demônio prestes a liberar o mal que carrega dentro de si. Na tentativa de se livrar desse homem misterioso, eles acabam desencadeando uma série de eventos caóticos que ameaçam toda a comunidade.

O filme estreou mundialmente no Festival Internacional de Cinema de Toronto em setembro de 2023 e foi lançado nos cinemas brasileiros em 1º de fevereiro de 2024.

Além dos aspectos técnicos, todos perfeitos, como direção, atuação e fotografia, o filme inova ao misturar: realidade distópica, ficção científica, terror, zumbis e exorcismo. E do começo ao fim, o filme de Demián Rugna traz críticas sociais contundentes a história argentina.

Demián Rugna

Demián Rugna, nascido em 13 de setembro de 1979 em Haedo, Buenos Aires, Argentina, é um renomado diretor e roteirista especializado em cinema fantástico e de terror. Desde a infância, Rugna demonstrou interesse pelo universo do terror, criando suas próprias histórias inspiradas em filmes que assistia. Esse fascínio o levou a estudar desenho de histórias em quadrinhos com o mestre Horacio Lalia, aprimorando sua capacidade de traduzir narrativas assustadoras em imagens impactantes.

Ao longo de sua carreira, Rugna consolidou-se como uma figura proeminente no cinema de terror argentino. Entre seus trabalhos de destaque estão “Aterrorizados” (2017), que recebeu aclamação por sua atmosfera inquietante, e “The Last Gateway” (2007), que evidenciou seu talento para criar narrativas envolventes no gênero

Em 2023, Rugna lançou “O Mal que Nos Habita” (título original: “Cuando Acecha la Maldad”), um filme que rapidamente se tornou referência no gênero, inclusive no principal mercado internacional, os Estados Unidos.

Em entrevista de 2019 para o site Scream and Yell, Demian Rugna, explicou o que entender por sobrenatural:

“Prefiro que não tenha forma definitiva, me refiro com isso (pelo menos em “Aterrorizados”) a não facilitar a atribuição de forma a “um fantasma” ou “uma maldição”, acredito que o sobrenatural não pode ser definido facilmente em sua origem. Sinto que é falta de respeito com o espectador quando se constrói uma história e então se diz simplesmente: tudo é causado por um fantasma. Sinto que o sobrenatural não pode ser explicado tão facilmente. Porque nós nem sequer sabemos (como seres humanos) de onde realmente viemos e por que estamos neste planeta. Pelo menos em “Aterrorizados”, tento não tomar o espectador como estúpido com uma explicação categórica e instantânea de algo inexplicável.”

Ele também falou sobre sua formação cultural:

“Cresci lendo Stephen King, Poe e Lovecraft. Então cheguei a Clive Barker e Cortazar. Acho que (especialmente nos meus primeiros filmes) a influência dos dois últimos é perceptível. No nível comic, eu venho da história em quadrinhos, quero dizer, toda a minha vida, minha abordagem para o cinema foi desenho em quadrinhos, estudei três anos para me profissionalizar. Não sou dos super-heróis, esse ramo não me pega, sou mais o comic europeu que foi bem desenvolvido na Argentina, o quadrinho mais autoral. Mas deixei minhas ambições de desenhista para ser diretor de cinema. (…). Raimi, Craven, Carpenter, Spielberg, Cronenberg, Argento, Verhoeven e mais nos anos 90, Peter Jackson e Guillermo del Toro. Essa é a minha escola.”

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